Prefeitura implanta Classificação de Risco para otimizar atendimento no Pronto Socorro

Pacientes que chegam ao Pronto Socorro já recebem cores referentes à sua necessidade

 

A Prefeitura de Aguaí, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, implantou no último mês, o sistema de Classificação de Risco no Pronto Socorro Municipal. A ferramenta facilita a rotina dos pacientes, enfermeiros e médicos, além de reduzir o tempo de espera no atendimento de pacientes em estado mais grave. Pelo sistema é possível identificar emergência, representada pela cor vermelha, urgência por amarelo, gravidade média por verde e quando o paciente não está em estado grave, recebe a cor azul.

O sistema de classificação dos pacientes é baseado no modelo de Manchester, adotado internacionalmente. Segundo esse protocolo, os pacientes classificados nas cores verde azul, podem esperar um tempo maior para o atendimento.

Como funciona

Todos os pacientes que chegam ao Pronto Socorro abrem uma ficha na recepção e são encaminhados para a classificação de risco. Os enfermeiros seguem o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde e a equipe busca reduzir cada vez o mais o tempo de espera entre os atendimentos. Na classificação, a equipe de enfermagem ouve as queixas e afere os sinais vitais, que automaticamente alimentarão o sistema para a classificação do atendimento.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Silvia Valota, a Classificação de Risco traz mais segurança para os pacientes, pois os casos urgentes têm atendimento mais rápido. “Todos os enfermeiros de nossa equipe passaram por treinamento para fazer a Classificação de Risco, e seguem as normas técnicas definidas no protocolo de Manchester”, ressaltou.

Além de priorizar as emergências, a Classificação de Risco é um instrumento para organizar o fluxo de pacientes que procuram o Pronto Socorro Municipal, gerando um atendimento resolutivo e humanizado.

Ainda de acordo com a secretária, em média 350 pacientes passam pelo Pronto Socorro Municipal por dia. Os dias de maior fluxo e, portanto, de maior tempo de espera, são as segundas, terças e sábado.

Dos cerca de 350 pacientes diários, 60% registram alguma queixa, mas não são casos urgentes, e 10% não caracterizam caso de pronto-atendimento. “Esse último, são pessoas que querem uma receita médica de determinada especialidade, por exemplo.  Mas isso é função dos médicos das Unidades Básicas de Saúde, pois os médicos plantonistas não sabem dessa real necessidade”, explicou Silvia.